existencialismo-humanismo
existencialismo
No século XVIII, para o ateísmo dos filósofos, suprime-se a noção de Deus, mas não a idéia de que a essência precede a existência. O homem possui uma natureza humana; esta natureza, que é o conceito humano, encontra-se em todos os homens, o que significa que cada homem é um exemplo particular de um conceito universal – o homem; para Kant resulta de universalidade que o homem da selva, o homem primitivo, como o burguês, estão adstritos à mesma definição e possuem as mesmas qualidades de base. Assim, pois, ainda aí, a essência do homem precede essa existência histórica que encontramos na natureza.
Que significará aqui o dizer-se que a existência precede a essência? Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. O homem, tal como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeiramente não é nada. Só depois será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. Assim, não há natureza humana, visto que não há Deus para concebê-la.
Quando se diz que o homem está sujeito a determinismos, significa que se acredita que qualquer força, seja econômica, social, ou biológica, obrigam de tal forma que ele nada pode escolher por si mesmo e com liberdade. No fundo, os defensores do determinismo afirmam que o homem é um prisioneiro de sua herança genética e um robô das pressões econômicas, que o levam a escolher a profissão, o amor, a amizade, o partido, ou uma viagem, sem nenhuma autonomia. Homens, em suas reações, seriam pouco diferentes de cobaias de laboratório.
o Nada provoca o ser humano a avançar.
Presença, s/d, p. 22